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O vestuário inapropriado

Muitas peças de vestuário feminino são uma fonte de danos para o organismo. Na sua origem, o vestuário tinha uma função de defesa e de protecção, função a que, pouco a pouco, se acrescentaram ou substituíram motivações estéticas, sociais e comerciais. Por intermédio do vestuário afirma-se a pertença a determinado grupo social - ou, ao contrário, a sua contestação -, procura-se aprovação ou admiração, pretende-se conquistar alguém.

Profundas exigências estéticas e económicas fazem com que a pele, em vez de ser protegida, sofra as piores consequências negativas da moda ou mesmo de opções estéticas pessoais; e é o factor mecânico, sob a forma de compressão ou de distensão, que produz os danos mais graves que irão facilitar a formação da celulite.

A roupa interior pode também ser causa de danos importantes; independentemente do tipo de tecido, mais ou menos higiénico, prejudica sobretudo quando aperta, tornando-se um obstáculo à circulação. Isso acontece nas coxas, com o elástico das cuecas; nas virilhas, pela compressão do body esticado pelas alças; nos ombros, pelas alças do sutiã, que «vincam» a pele.

Por cima da linha de compressão aparecem, devido à estase da circulação venosa e linfática, as típicas acumulações de celulite.

Dos fatos de banho muito apertados resultam consequências análogas, com a agravante de serem utilizados ao sol: o calor provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, que depois têm dificuldade em se esvaziar devido ao aperto dos elásticos da indumentária.

Danos ainda mais graves podem provocar as cintas e os corpetes, utilizados às vezes para modelar a silhueta, para comprimir a musculatura descaída após uma gravidez ou para corrigir uma escoliose.

À parte a escassa utilidade terapêutica, todos estes meios de compressão são certamente causa de estase circulatória e de enfraquecimento de uma musculatura obrigada a completo repouso.

Pelo contrário, são úteis os colãs normais em vez das ligas, que criavam na coxa um sulco oblíquo com a correspondente «almofadinha» por baixo. Menos úteis revelam-se os colãs com elástico, ainda que «com pressão ajustável», pois a compressão contínua dos vasos sanguíneos e linfáticos faz-lhes perder a elasticidade, sem contar com a criação de zonas de compressão a vários níveis da perna, devido ao facto de a graduação da compressão serfrustrada pela forma da perna, diversa de pessoa pa ra pessoa.

Mais do que uma questão de moda, a utilização das calças de ganga constituiu uma questão de hábito a partir dos anos 50. Sobretudo nas primeiras décadas, usavam-se as calças de ganga extremamente justas, apertadas até ao exagero, a ponto de bloquearem completamente a circulação, em especial na posição de sentado.

Os danos ao nível das nádegas, das coxas e das virilhas afectaram duas gerações e ainda hoje se manifestam, embora a moda proponha actualmente peças menos justas; o que continua a provocar danos, especialmente em prolongada posição de sentado, são as pregas ao nível das virilhas e a compressão das nádegas, permanente e visível em posição de pé.