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Expectativas realistas para a perda de peso

Um dos grandes desafios que se colocam quando se trata a obesidade é o de informar os doentes da redução de peso que deve ser esperada em termos realistas, antes de se iniciar uma intervenção para perder peso.

A maioria dos doentes vem ao médico com expectativas irrealistas. Quando se lhes pergunta, geralmente referem querer ter perdas de peso na ordem dos 30%.

Este grau de perda de peso não é atingível pela maior parte dos doentes, excepto nos que são submetidos a cirurgia gástrica restrictiva.

No entanto, os medicamentos para perder peso podem ajudar alguns doentes a conseguir uma perda de peso com implicações médicas significativas. Uma redução de 5% a 10% do peso pode melhorar a hipertensão arterial, os níveis dos lípidos e de glicemia e pode evitar as complicações relacionadas com a obesidade. Os objectivos da perda de peso devem ser discutidos e devem estabelecer-se expectativas realistas de perda de peso tão cedo quanto possível. Também é importante salientar os resultados que se obtêm, independentemente dos valores do peso perdido, para se discutirem os potenciais limites fisiológicos e ter-se uma atitude de empatia.

Uma boa estratégia é estabelecer como objectivo uma perda inicial de 10% com a ideia de nessa altura se poder repensar o problema e se estabelecerem novas metas. A manutenção a longo-prazo de uma perda de 10% do peso deve ser considerada como um sucesso tanto pelos médicos como pelos doentes.

Complemento das modificações dos estilos de vida

Para que os medicamentos para perder peso funcionem, a ação farmacológica deve ser transformada em comportamento. Por exemplo, a sensação de redução do apetite deve levar a que se coma menos às refeições e a que se reduza o número de pequenas ingestões. Falhar na acção perante este tipo de sinais limita o objectivo da perda de peso. Os actuais medicamentos para perder peso funcionam melhor quando combinados com um plano específico para alterar os comportamentos, como sejam a redução da ingestão e o aumento da actividade física. Estes medicamentos não foram criados para serem tomados sem outras medidas; pelo contrário, maximizam os esforços dos doentes para perder peso. Quando não há esforço de planeamento de modificação de hábitos ou esse esforço é muito pequeno, há pouco a melhorar. Se o doente tiver um plano para reduzir as quantidades de alimento em cada refeição, os medicamentos ajudarão a tornar isso mais fácil, mas terão pouco resultado se os doentes não ingerirem efectivamente menos alimentos.