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Celulite

O que é a celulite?

Aqui vai encontrar tudo o que necessita de saber sobre a celulite.

Hoje, quando falamos de celulite, referimo-nos a um conjunto de alterações anatómico-funcionais características, que se desenvolvem a partir do tecido dermo-hipodérmico, para em seguida envolver também o tecido adiposo subjacente e a epiderme.

Trata-se de um estado patológico que envolve zonas específicas do corpo, nas quais, em fase já desenvolvida do processo, se podem observar as típicas e inestéticas exuberâncias cutâneas denominadas «almofadinhas de celulite».

A celulite nasce, pois, como algo inestético mas irrelevante, para se transformar, através de sucessivos estádios evolutivos, numa verdadeira e autêntica doença incapacitante.

Para uma abordagem mais consciente do seu tratamento e da sua prevenção é essencial conhecer o substrato anatómico em que se insere e a progressiva evolução das alterações que a caracterizam.

A estrutura do organismo envolvida: o aparelho tegumentário

Geralmente denominado cútis ou pele, o aparelho tegumentário é um conjunto formado por três tecidos sobrepostos: a epiderme, a derme e a hipoderme ou tecido subcutâneo.

A epiderme é o tecido mais superficial e desempenha funções de revestimento e de protecção; as outras duas são de natureza conjuntiva e possuem sobretudo uma função de suporte e de nutrição.

A epiderme

É constituída por cinco camadas diferentes de células epiteliais que evoluem deslocando-se da profundidade para a superfície, queratinizando-se progressivamente antes de serem eliminadas por esfoliação.

Da mais profunda até à de superfície, as cinco camadas são as seguintes: a camada basal ou germinativa, a camada espinhosa ou de Malpighi, a camada granulosa, a camada transparente e a camada cómea, a mais superficial.

A epiderme não possui circulação própria, nem sanguínea nem linfática, pelo que os seus nutrientes são-lhe fornecidos pelos vasos da derme, que é a camada cutânea imediatamente subjacente.

A derme

É constituída por um conjunto fibrocelular imerso numa substância conjuntiva amorfa, constituída por sua vez por fibras de colagénio e fibras elásticas; é a fonte de terminações nervosas e de capilares sanguíneos e linfáticos. A derme é também sede de glândulas sebáceas e sudoríparas e dos folículos pilosos da cútis.

A hipoderme ou tecido subcutâneo

É a camada mais profunda da cútis, destinada a funções de protecção e de reserva energética; de facto, contém os adipócitos, elementos celulares com pequenos espaços interiores preparados para se encherem de gordura.

Os adipócitos estão agrupados em lóbulos, isto é, em conjuntos separados por finíssimas paredes de tecido conjuntivo, que contêm fibras de colagénio e capilares sanguíneos e linfáticos:

As estruturas da hipoderme são as mais directamente envolvidas no desenvolvimento do processo celulítico.

Para desenvolver todas as suas importantes funções (protectoras, metabólicas, secretoras, sensitivas e informativas), o aparelho tegumentário serve-se de delicadas interconexões, dependentes do sistema neuroendócrino.

Para a transmissão das informações são utilizados metabólitos específicos, de natureza polipeptídica, que funcionam quer como transmissores de sinais, quer como receptores específicos dos tecidos.

Através de uma perfeita sintonia de sistemas ordenados de reacção, os diversos componentes do aparelho tegumentário mantêm o seu equilíbrio e adequam o seu comportamento, adaptando-o às diversas situações e condições verificadas.

É óbvio que qualquer alteração anatómico-funcional num sector acaba por comprometer imediatamente todo o conjunto: é o que acontece com a celulite.