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Mito, A obesidade é um problema do estilo de vida, por isso, os medicamentos não são necessários

Os dados existentes sugerem que assim não é e que as alterações dos hábitos de vida, por si só, não resolvem o problema em todos os doentes.

A obesidade tem bases genéticas e fisiológicas bem definidas que se expressam pelo excesso de peso num ambiente em que existe baixo dispêndio e alta ingestão de energia. Os resultados da investigação mostraram que existem diferenças individuais na fisiologia que levam a efeitos no peso corporal e que condicionam a forma como se ganha ou se perde peso sob determinadas condições de hábitos de vida. Pode ser mais difícil para certas pessoas em relação a outras perder peso e manter essas perdas.

Os medicamentos são usados geralmente para tratar doenças metabólicas, como a diabetes mellitus, a hipertensão arterial e a hiperlipidemia. Como na obesidade, existem diferenças fisiológicas individuais que afectam o risco de diabetes e o tratamento da doença. Apesar destas semelhanças, muitos médicos que rotineiramente prescrevem medicação para a diabetes mellitus, não pensam que a obesidade também tenha de ser tratada de igual forma. A antiga ideia de que a obesidade não era exactamente um problema médico, ou seria algo que não deveria ser objecto de medicação, continua a estar presente no subconsciente de muitos médicos.

As modificações a longo-prazo dos hábitos dietéticos e dos padrões de actividade física podem levar, em muitos casos, à resolução do problema da obesidade.

Curiosamente, estas alterações poderão tratar também eficazmente a diabetes mellitus, a hipertensão arterial e a hiperlipidemia em muitos doentes. No entanto, a verdade é que as alterações dos estilos de vida a longo-prazo são difíceis para a maioria das pessoas e são prescritos medicamentos como terapêutica adjuvante das modificações de hábitos aconselhadas. Este conceito de actuação é bem aceite pelos médicos e está bem estabelecido como modelo de actuação em várias doenças crónicas.

Por exemplo, se bem que a dieta e o exercício físico possam, por si só, controlar eficazmente a diabetes mellitus tipo 2 em muitos doentes, os médicos raramente insistem nas modificações dos hábitos de vida como tratamento isolado no controlo dos níveis de glicemia a longo-prazo. Os médicos sabem que as modificações dos hábitos a longo-prazo, embora possíveis nalguns doentes, não são a regra para a maior parte; assim, são prescritos medicamentos para a diabetes de forma rotineira como terapêutica adjuvante. Alguns diabéticos têm estilos de vida que tornam mais difícil o controlo da diabetes mellitus? Isto é absolutamente verdade, mas a alteração do estilo de vida raramente é a única intervenção que lhes é proposta. Assim, o papel e o uso fundamentado dos medicamentos para tratar a obesidade são muito semelhantes aos usados noutras situações crónicas em que é necessário fazer terapêutica medicamentosa adjuvante quando a dieta e o exercício físico não são suficientes.