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10 mentiras sobre dietas e a perda de peso

1. Quando se está medicado, são dispensáveis quaisquer medidas dietéticas.

As regras alimentares para aumentar a saciedade incluem repartir as refeições, a ingestão de alimentos sólidos e quentes, a abolição ou redução da ingestão de bebidas alcoólicas, a diminuição do consumo de gordura, o consumo preferencial de alimentos ricos em glúcidos e o consumo de proteínas conforme as necessidades.

Estas regras, em associação com um fármaco como a sibutramina, podem melhorar a acção do fármaco.

2. O emagrecimento é sempre bem vindo quando se tem excesso de peso. Não importa nem a idade, nem o sexo.

Existem riscos associados ao emagrecimento após a cessação da actividade ovárica e ao emagrecimento durante as fases de crescimento e desenvolvimento.

3. As dietas para emagrecer têm de ser restritivas e, desde que equilibradas, não necessitam de mais ajustamentos.

Com efeito, as dietas de emagrecimento devem frequentemente ser acompanhadas pela administração de suplementos. Para compensar a perda de electrólitos podem ser administrados suplementos de sódio (2 a 25 g) e de potássio (3 a 4 g). Outros suplementos úteis são os de ferro (10 a 20 mg), cálcio (1.200 mg no mínimo), fósforo (800 mg) e magnésio (350 mg).

4. As dietas miraculosas, embora desnecessárias, não têm quaisquer riscos.

Como é evidente, estas dietas têm todos os riscos das outras dietas acrescidos dos riscos inerentes à sua constituição quase sempre ilógica e bizarra.

5. O médico deve ter como objectivo aproximar, tanto quanto possível, o peso do doente ao peso ideal para a sua estatura.

O médico, deve negociar com o doente o peso a atingir. Esse peso deverá ficar o mais próximo possível do que o doente pode manter sem recaída, podendo ser 5, 10, 15% inferior ao peso inicial.

6. Para quem tem excesso de massa gorda, emagrecer não tem riscos.

A perda de peso pode causar litíase vesicular e consumpção proteica, podendo ocorrer morte por arritmia cardíaca, perda de água e electrólitos, disfunção hepática, hiperuricémia e redução da capacidade imunológica.

7. O consumo de álcool não tem interferência na aquisição do peso.

O consumo de álcool tem vindo a aumentar. Quando se bebe moderadamente há um aumento de peso, ao passo que com o consumo excessivo há diminuição do peso.

Por outro lado, o tabaco é um redutor do apetite e aumenta o metabolismo basal. Quando as pessoas deixam de fumar geralmente aumentam de peso, pelo que deve haver uma preparação prévia para evitar isso.

8. Somos um país de gente activa e trabalhadora. Se a prevalência da obesidade vai aumentando, isso apenas tem que ver com o nosso tipo de alimentação.

Isso é rigorosamente falso. Portugal é o país que pratica menos exercício físico da Europa e a evolução do consumo médio diário de Kcal por pessoa em Portugal tem vindo a aumentar, o que nos torna os maiores consumidores da Europa. O consumo diário de gordura por pessoa em Portugal também tem vindo a crescer. Isto tem como resultado que a sobrecarga ponderal atinge metade da população.

9. Os IMCs compreendidos entre 25 e 30 não merecem intervenção terapêutica.

As razões para tolerar um IMC dentro destes limites são as seguintes: a inexistência de complicações, o facto de ser socialmente bem aceite e quase sempre bem tolerada, física e psiquicamente.

As razões para intervir são as seguintes: quando a tolerância da situação pode acarretar agravamento, uma aceitação individual difícil, uma distribuição andróide da gordura, a existência de doenças associadas e a associação futura de morbilidades.

Um estudo sobre a evolução de 57 casos de pré-obesidade com 5 anos de duração apresentou 27 casos com êxito ao fim de um ano, 14 casos de abandono e 16 casos de fracasso terapêutico. Ao fim de 5 anos, verificou-se êxito de 14% e fracasso em 86%. Em conclusão, quanto mais cedo se poder intervir, maior a probabilidade de êxito terapêutico.

10. Sonhar e querer são sinónimos, se o que pretendemos é avaliar a motivação do doente para o tratamento.

O sonhador procura magia. Tenta comprar a imagem idealizada sem se envolver, é vulnerável. O determinado procura auxilio. Tenta encontrar quem, racionalmente, o ajude a encontrar a imagem idealizada, é pouco vulnerável.